sábado, 10 de janeiro de 2015

Índia - Noah e Ajai



Depois que quase um ano, volto (na qualidade de Tempo Kairós) à cidade de Willaminagar e como, finalmente o Guptajee que o pequeno e vivaz Noah, me deu, e hoje, depois de tantos meses vividos na Asia e seus temperos picantes, eu consigo sentir prazer em comer estas ervilhas apimentadas vendidas em pacotinhos a 1 Rupia.
Aquele garoto de dez anos...Falar sobre Noah (e sobre um outro que vou lhes apresentar hoje) é abrir um pouco a janela daquilo que faz a minha vida valer à pena, que me faz acreditar que continua valendo à pena dar passos pra frente!
Noah chegou ao abrigo aos 5 anos. Filho de uma mãe pobre, com um salário que variava os 15 reais ao mês, abandonada pelo pai do garoto (que nunca o quis), vivia como dava. Ele passou pela casa do velhos avós (ah, as casas pobres dos vilarejos da India...), mas, um dia ela conheceu à Sra. Atulla, aquela mulher que tanto inspira minha vida! Pediu para que ela cuidasse de seu filho e que quando encontrasse um emprego ela voltaria para buscá-lo. Noah, agora tinha um lar, comida, escola, pessoas que se preocupavam por ele. A mãe, com o tempo, voltou a se casar, teve mais dois filhos, mas nunca voltou para buscar o primogênito – olhar para ele talvez a fizesse se lembrar do pai, do passado, do “erro”. Noah mente, às vezes, com um largo sorriso no rosto, dizendo que a mae o vem visitar, que ele passa as férias na casa dela...Aquilo é de cortar o coração! Poucas crianças sabem falar inglês naquele vilarejo, ele era uma delas...Na verdade, naquela casa com 15 criancas, ele era o único, o meu tradutor, se é que se pode dizer...E como era esforçado! Meu pobre inglês daquele então fazia o pobre inglês dele sofrer também! Hehe, mas ele se esforçava! Com uma forca física atípica para um menino da idade dele, ajudava sem reclamar a cortar a madeira que os aqueceria na fogueira noturna ou lhes serviria de lenha para o fogão onde seria preparado sua alimentação...Sorriso lindo, líder nato, com um desejo profundo de se tornar um Pastor da e na Igreja de Cristo. Dava vontade de abraçar e não largar mais...Um garoto que chorou profundamente quando eu fui embora...Uma mistura de raiva e amor, ódio e ternura... Ele me amava, e eu estava indo embora.
Quantas pessoas são arrancadas de nossas vidas? Até quantas vidas teremos de perder para valorizar àquelas que nos são presenteadas com a rotina de sua presença consoladora? A mãe de Noah, nunca voltou por ele. Ela não conhece o sorriso cativante do filho. Ela não sabe o garoto fantástico e inteligente que ele se tornou e se torna a cada dia...E ele deseja, mesmo que em suas mentiras, o amor daquela que o abandonou, ardentemente e talvez,apenas talvez, ela também,deseje contemplar o sorriso do filho abandonado apenas uma vez mais...

Ajai é outro mocinho lá do abrigo. Lembrar de como o sorriso dele se desfaz e se converte em ira ao se mencionar sua mãe, fere também meu coração. Aquele menininho franzino, de 8 anos, foi abandonado pela mãe em uma praça pública de uma grande cidade indiana – algo MUITO comum naquela parte do mundo (só naquela parte?). Eles saíram de seu vilarejo, talvez tiveram que andar dias, até chegar, e lá, naquela grande e movimentada cidade ela lhe disse as ultimas palavras que ele ouviria de sua mãe: “Me espere aqui, vou buscar comida e já volto”. E ele esperou...esperou...esperou o dia inteiro, mas ela não voltou. Ajai, sozinho, esperou pela mãe, que, segundo o moço que o tirou daquela praça, deixou o menino sozinho e se encontrou com um homem, com o qual seguiu seu rumo. Esperou durante horas por uma mãe que não voltou, nem voltaria... Esperou quietinho, entre lágrimas, entre prantos, entre medos...entre o desespero de uma crianças com fome, abandonada aos 4 anos em meio à uma multidão de gente desconhecida! Aquele moço, havia observado tudo...e havia esperado que a mãe voltasse, antes de se aproximar do menino e levá-lo para sua casa – lotada. Entrou em contato com a Sra. Atulla e, graças à Deus, ela tinha um lugar para ele no abrigo (ela, mesmo sem ter, sempre tem um lugar!). Chegou sem roupa, coberto apenas por um trapo que nos lembraria uma fralda de pano... Pobre, nu, abandonado. O destino dele se continuasse naquela praça daquele grande centro urbano? Provavelmente seria levado pela máfia que seqüestra crianças e as faz de mendigos nas esquinas e curvas das cidades ou seria usado por algum templo pagão como sacrifício sexual (SIM, isso é uma realidade na Índia, no Nepal e em tantos outros lugares! Crianças – e adultos -  são levadas aos templos para servirem de sacrifícios sexuais. Pessoas vão lá oferecer seus sacrifícios aos seus deuses e o sacrifício é feito tendo relações com as crianças, neste caso, pois há os que o fazem com animais e tantas outras coisas que ainda hei de lhes contar e compartilhar um dia...) ou ainda, seria escravizado sexualmente em algum bordel. Da mesma forma que aquele jovem missionário estava observando o pequeno Ajai, abandonado naquela praça durante todo o dia, outros, muito provavelmente o estavam, mas naquele dia, para a Glória de Deus, aquele menino foi visto pelos olhos atentos de alguém com Cristo, e hoje, por causa de um olhar correto, Ajai tem 9 anos, mora num lugar onde pode ter sonos tranqüilos, come sua comida todos os dias, estuda, brinca, ajuda em casa, vai à igreja, vive...Vive!

Agora eu pergunto, quantos Noah`s e quantos Ajai`s existem perto de nós?
Quantos de nós temos os olhos abertos e o coração quebrantado para percebermos aqueles que precisam de Cristo, ao nosso redor?
Hoje, eu decidi comer aquele presentinho apimentado que Noah me deu, há um ano. Comprou para todos...Um guri com o coração generoso. O que seria dele se ninguém tivesse ajudado? O que seria daquela esperteza toda que ele tem direcionada ao caminho errado? O que seria dele sem Cristo?
O que seria de mim, de você, se ninguém tivesse estendido as mãos para nos mostrar o Salvador, o Bom, Justo e Generoso Deus? O que será daqueles que só poderão saber que Deus se preocupa com eles através das suas, nossas ações?
Da próxima vez que você vir uma dessas minhas crianças nas ruas da sua cidade, não fique apenas com medo...tenha um pouco da misericórdia da Sra. Atulla, do nosso Cristo e, da forma como puder, estenda um pouco a sua mão e seja luz. Sejamos luz!
Feliz 2015.
Ah, e se alguém tem que ficar triste em 2015, que seja eu, que seja você, mas não o Espírito Santo!



P.s.: comi o Gutajee, mas, diferentemente do que eu altivamente pensava e escrevi nas primeiras linhas deste texto, hehehe, tive que ter umas pequenas doses de leite condensado para me ajudar a queimar menos a boca com o tanto de pimenta que vem nisso e que as crianças indianas comem como se fossem balinhas, jujubas! Hehe.

P.S.2: Na foto, Noah, sorridente e Ajai, com sorriso doce e moleton azul.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A Casinha Branca


O que me fascina em Jesus é a possibilidade que Ele dá para quem não tem mais possibilidade nenhuma...Gosto, gosto muito do jeito simples dEle de olhar para quem eu facilmente desprezaria e enxergar naquela pessoa, naquela situação um futuro cheio de vida e esperança...Jesus não limita as pessoas ao que elas foram...nem mesmo ao que elas são...É tão cruel ser limitado ao hoje, ao que eu possa ter te mostrado de ruim num dia e que isso me defina pra você como uma realidade futura...Jesus não era assim...Jesus olhava para uma pessoa, e contra todas as prováveis realidades futuras Ele conseguia enxergar uma que lhe encaixaria numa esperança de fazer melhor, de ser melhor, de viver melhor. É tão doído a gente ser visto somente pela perspectiva daquilo que temos no momento. Jesus me ensina a olhar para as pessoas de um jeito diferente...Olhar para ela sabendo que ela tem um passado, que talvez esteja vivendo o presente de um jeito doloroso para mim, para ela mesma, mas que essa realidade do “agora” não pode ser definitiva em sua vida. Quando olho para as pessoas eu sempre tenho duas escolhas dentro daquilo que elas estão me mostrando: acreditar em absoluto em cada palavra e gesto que ela emite e a partir disso, criar o meu conceito sobre ela (ela nunca será o que penso, mas o que ela sabe dela mesma – e dentro do que ela é pra ela mesma está quem ela é aos olhos de Deus!) ou,  tentar ler nas entrelinhas dessa pessoa e descobrir nos avessos entrelinhados uma alma por trás de sorrisos, silêncios tagarelados, pausas faladas, inseguranças seguras... Olhar do jeito certo paras circunstâncias, para as pessoas e deixar de limitá-las ao que fizeram, falaram ou foram e começar a ver a grandeza de uma vida que ainda pode vir a existir a partir dali.
Há uma canção que vez ou outra retorna ao meu playlist (quer entrar no "clima", clica aqui) escuto há muitos anos, uma canção que já me fez chorar, que já me fez passear entre dores, tristezas e melancolias, mas que hoje me emite uma esperança cheia de alegria, de uma profundeza de vida que poderia me ajudar a explicar um pouco o que quero dizer a respeito de “olhar do jeito certo as pessoas”... Ela fala de uma pessoa que começa a se aperceber daquilo que não tem (ou não teve). Amigos que não possui, solidão que se exaspera em desesperança, sonhos que perecem, uma tentativa de se encaixar numa multidão que é absorvida por suas próprias mecanicidades mesmo que todos possuam seus próprios “mistérios, sofrer e sua ilusão”...Mas de repente surge aquilo que traz esperança, que dá um significado real à uma vida que se descobre nas coisas simples, que no fim, são as que valem à pena: Uma casinha branca com varanda, um quintal, com lugar de mato verde pra plantar e pra colher e uma janela para ver o sol nascer...”. Uma música cheia de uma analogia com a vida que me deixa perplexa! Aquilo que percebo no olhar de Cristo, que me ensina a olhar para os outros, se assemelha ao aconchego de um Lar. Um lar é muito mais que paredes físicas, um lar se constrói com paredes de sentimentos, de simplicidade.
A casa que mais gostei de morar foi uma casa completamente desestruturada. Sem fechaduras nas portas (colocávamos umas madeiras para fechar todas as noites), com cortinas feitas de lençóis velhos nas portas dos quartos...com chão batido de barro e pedras, paredes com tijolos sem reboco, pratos de aluminho (pintadinhos de flores) onde comíamos feijão com arroz e ossada, um banheiro fora da casa sem qualquer infraestrutura de um banheiro de nossas casas atuais (isso me ajudou na India!).  Lembro-me que aquela casa me envergonhava quando criança, e hoje, ao olhá-la do jeito certo, eu me apercebo fazendo planos de contratar um arquiteto que consiga captar minhas descrições para fazer uma casa igualzinha aquela, onde eu possa me sentir com  a mesma sensação de lar que tive ali. Isso talvez não seja possível, passamos pela vida e levamos dela o que podemos... Dessa casa eu levei muitos sorrisos, brincadeiras com meus primos, aprendizados infinitos, mas compartilho hoje um em especial. Aconteceu numa tarde quente típica de minha cidade, quando um primo distante, a quem apelidávamos de “patinho” bateu na porta de casa pedindo por comida (uma comida que não tínhamos, embora sempre tivéssemos). Eu morria de medo daquele rapaz. Ele sempre estava “bêbado” e eu saia correndo cada vez que eu percebia que era ele quem estava se aproximando de nossa casa. Nessa tarde eu fechei rapidamente todas as portas e janelas esperando que ele pensasse que a casa estava vazia e fosse embora rapidamente...Mas a minha vó Raimunda não era como eu...Ela conseguia enxergar as pessoas de forma muito mais correta que eu na minha tenra idade. Minha vó foi lá fora e em seguida voltou, preparou um prato de comida bem cheio (arroz e feijao) e levou ao Patinho, apesar de minha insistência de que ela não desse comida “àquele bêbado”. Vendo esta historia do alto de meus 29 anos e de uma longa caminhada com um Cristo Misericordioso e Cheio de Bondade,  eu me envergonho de meu pobre e miserável coração aos 9 anos, ao mesmo tempo em que aprendo com essa Jheanny ainda tão inexperiente na arte de amar as pessoas e olhá-las do jeito certo. Quantas vezes ao longo da minha vida eu não desprezei as pessoas por que as limitei ao seus “agora”, aos seus “momentos”? Quantas vezes eu mesma não devo ter sido desprezada em definitivo por causa de uma atitude, palavra ou reação instantânea de um momento, um “hoje” que não deveria ter limitado um futuro cheio de historias bonitas, agradáveis, gostosas de serem vividas...Isso é tão doloroso gente... Hoje eu me apercebo vendo pessoas nas ruas, dentro de um estereotipo que as conceitua em algo que elas não são. Não são apenas pessoas rudes, grosseiras, fechadas, mendigas, ladroes... Se olharmos do jeito certo poderemos ver pessoas que talvez tenham andado tão sozinhas nesta vida que acabaram por deixar de sonhar com sua Casinha com janelas que lhes abririam um sol cheio de luz para aquecê-las de suas dores. Aí entramos nós, os Filhos de Deus! Quando carregamos o aconchego de já termos aprendido que o material não vale de nada, que as paredes de nossa casinha branca com varanda se constrói na certeza de que tudo o que precisamos é muito simples, podemos entregar nossas mãos para preencherem os vazios daquelas mãos que já não se reconhecem dentro de suas próprias vidas. Tudo o que realmente precisamos na vida é saber-nos proprietários de um espaço onde podemos ser nós mesmos, onde podemos ser verdadeiros. A casinha branca de minha música querida, é muito mais que um projeto grandioso ou glorioso. O autor se apercebe que a grandeza está na simplicidade e então nos enche de um refrão cheio de esperança! Pessoas que se tornam nossas paredes e que, por vezes, nos são janelas, que nos abrem as possibilidades de uma vida inteira ainda por ser vivida! A casinha branca me remete à um aconchego de alma, onde me é possível, inclusive, enfrentar-me com meus medos, desconfortos e desilusões. Um lugar que me aconchegue, inclusive em meu desaconchego... Paradoxo?
Disso trata minha missão: olhar do jeito certo (o de Cristo) para as pessoas e saber reconhecer nelas aquilo que, muitas vezes, elas acabaram esquecendo (ou – pior – nunca descobriram) que elas realmente são, e nesse processo, me tornar um pouco dessa “Casinha Branca” para elas... Quando oro com um paciente, quando coloco meu nariz de palhaça, quando ensino uma criança, um jovem, um adolescente, um ancião, o que estou tentando fazer é entregar à eles um prato cheio de feijão com arroz e com isso dizer à eles que, apesar de haverem pessoas que lhes hajam fechado as portas e janelas e lhes tenham virados as costas e corrido por medo, desprezo ou desconforto, eu estou ali, em Cristo, tentando descobrir em suas entrelinhas, o que há em suas almas. Minha missão me possibilita trazer à memoria das pessoas um céu que pode ainda ser vivido. O inferno só é definir pra quem já está morto, pois quem está vivo ainda pode mudar de direção, ainda pode mudar de jeito de viver a vida, de sorrir, de reagir. Você ainda pode tratar bem aquele que você desprezou, você ainda pode pedir perdão e perdoar aquele que ainda carece de perdão. Jesus fez isso comigo...Quando eu fiz tudo errado, Ele me mostrou que eu ainda poderia fazer algo do jeito certo,   quando eu ainda olhava do jeito errado, Ele, com o seu olhar correto, me ensinou a amar do jeito dEle...Quando eu vejo crianças numa favela, jovens ricos arrogantes,  moradores em situação de rua, doentes fraturados por um acidente causado por embriaguez, funcionários corruptos, atendentes mal-educados, um pai que não soube ser pai, um filho que guarda uma mágoa... eu tento, nEle, abrir uma janela cheia de um sol que está chegando para iluminar a varanda de suas casinhas brancas, que fará crescer o que será plantado do jeito certo, que trará uma colheita diferente daquela esperada pela maioria das pessoas...
“Eu queria ter na vida simplesmente, um lugar de mato verde para plantar e pra colher...ter uma casinha rosa de varanda, um amor e uma janela, para ver o sol nascer...”
Sejamos nós a mostrar o Caminho que leva à Casinha Branca Celestial aos que andam tao sozinhos ultimamente!



Nota: texto escrito depois de uma profunda reflexão baseada numa pequena palestra feita pelo Pe. Fábio de Melo.



Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo”. Eclesiastes 7.29

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A realidade das despedidas e o que faz valer à pena!

Abra o link de uma Musiquinha pra escutarmos juntos enquanto lemos...







Ao chegar eu chorei... 


Chorei de Saudades. Saudades das histórias vividas, saudades das pessoas queridas... No último ano eu fui questionada várias vezes sobre sentir saudades de “casa”. Casa? Lar? Lar é o lugar que o coração escolhe pra morar... Ah, e o meu coração tem tantos lares diferentes, tantos e ainda nenhum... Meu Lar se resume à uma pequena roda de amigos no meio de uma multidão de sorrisos, mas também já foi uma casa cheia de pessoas que não falavam o meu idioma (muitos sequer falavam o mesmo idioma entre si). Meu Lar se resume à conversas madrugada adentro com uma amiga que precisaria sair cedo mas que o único tempo que pôde me dedicar era aquele e, apesar de estar sonolenta, foi sim um dos tempos de qualidade mais preciosos que já recebi, sempre e repetidas vezes... Lar? Eu abro a porta de uma casa distante do meu “mapa-mãe”, num país frio mas cheio de calor humano, e ao entrar pela porta que vai me levar para dentro da casa eu sinto um cheiro familiar...é cheiro de LAR. Eu abro a porta de um quarto há muito visitado, num dos lugares mais quentes do planeta e lá, eu também sinto o cheiro familiar de um Lar... Sorrisos que me enclausuram dentro de uma eternidade de momentos. Histórias que são contadas aleatoriamente e em segundos se percebe que aquilo vai entrar no rol de “histórias pra vida toda”... Lar...Eu tenho vários...Eu ainda não tenho nenhum. 


Eu pisei o chão de minha nova (antiga-conhecida) realidade e uma enxurrada de emoções caíram sobre meu ser. Quando eu estava longe eu sentia saudades deles: os que compõe o meu “lar” brasileiro... Mas eu continuo não morando no meu “lar brasileiro” e por isso as despedidas continuam. Agora, por exemplo, que me despedi de seus sorrisos eu me vejo com um aperto típico de tristeza na alma. Eu pensei que desta vez eu não ia chorar, afinal eu já me despedi de tanta gente em tantos lugares, mas quando eu me vi novamente partindo para longe dos meus o meu coração, sempre tão sensível (poucos têm o privilegio de se tornarem tão íntimos para perceberem e viverem isso), sangrou mais uma vez...E, apesar da Presença sempre constante do Deus que Amo e Adoro e em quem tenho e sinto prazer, eu senti solidão, uma solidão talvez nunca antes sentida...a solidão de quem acabou por se despedir demais ao longo dos anos e caminhadas e detesta ver os olhares de quem ama se afastando em direção contrária. Eu pareço tão independente, mas não sou! Sou completamente dependente do Espírito Santo! Eu não sou forte, Ele e forte em mim. Eu não sou corajosa, Ele é a minha Coragem! Eu não sou incansável, Ele renova as minhas forças ,anima o meu coração... Há um glamour muito grande por trás de uma vida cheia de vitórias, alegrias, recompensas... A vida missionária é a vida mais linda que posso ter conhecido, vivido. No fim das contas, no fim das estradas, toda dor da despedida, toda lágrima derramada e, inclusive, contida, é recompensada pela certeza dos sorrisos que vão surgir no processo de se levar Razão aos sem sentido, Comida aos famintos, Água aos sedentos, Roupa aos nus, Vida aos mortos... A solidão, a dura solidão que muitas vezes acompanha a vida de um homem, uma mulher de Deus, é absolutamente premiada, agraciada com a Presença Íntima do Espírito Santo! Por isso, por causa daquilo que está no fim dos meus passos distantes e que se distanciam dos que amo, dos que compõe meus diferentes “lares”, é que eu sigo caminhando em direções, muitas vezes, tão contrárias, mas que no final se encontrarão no mesmo Destino. 


Ore por mim, me faça sentir, mesmo longe fisicamente, o seu consolo, o seu sorriso... Me envie, através dEle, o som de sua voz acalmando meu coração, me encorajando em meus medos, me fortalecendo em minhas fraquezas...Ore por mim...Sussurre palavras de gratidão ao Deus Soberano, me envie o seu abraço, me abrace mesmo de longe, diga pra Ele as palavras que você quer que eu escute de você, e Ele dirá elas à mim... Quando pensar em mim, faça com que seus pensamento se tornem orações... Fique comigo, fique e faça comigo o trabalho entre os perdidos no meu novo e mais longo campo de trabalho – Venezuela - . Suporte, sofra, creia, espere, se alegre, chore, ame junto comigo. 


As despedidas sempre virão.. Algumas vezes eu farei parte do lar de outras pessoas, algumas outras vezes elas farão parte de novos lares meus... Um dia chegaremos ao nosso LAR ETERNO...Aquele que nos fará olhar para trás e dizer: Valeu! Valeu MUITO à pena! 


** 


Eu choro, choro sim! E quando eu sou mais fraca, aí sim é que sou forte! Deus, o Deus que Amo, Sirvo e Adoro, é Bom e não há nada que seja melhor do que estar no Centro da Vontade dEle! 


As saudades que sinto hoje refletem a Saudade do Lar Celestial, os sorrisos que se eternizam em minha memória e os abraços que ficam impressos para sempre entre os meus braços são apenas sombra dAquele Sorriso e Abraço que anseio ver e sentir em Breve – O Fascinante Sorriso e Abraço de Jesus! - 


Vamos combinar, então? Eu oro por você e você ora por mim? 
email: ministeriointocaveis@gmail.com 


*** 


Além, bem além do horizonte existe sim um lugar bonito e tranquilo pra a gente sonhar...Lá no horizonte também vai estar Alguém que, por Sua Graça, nos dirá o que viu em nossos olhos que ainda não podemos ver...Enquanto isso, sejamos nós, em Cristo, o lugar tranquilo para os que ainda não têm a Paz, sejamos nós, nEle, quem continuamente vejamos nos olhos do "outro" o que ninguém mais está conseguindo ver e levemos, através do Espírito de Deus em nós, a Vida, a Felicidade, Justiça e Perdão de Cristo aos que andam por esses caminhos tão diversos que se entrelaçam e eternizam no fim de tudo! 


*** 

“Tamu junto” mesmo longe? 



Por, Para, nEle,

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O Toque no Ouro!







Desculpem os erros e faltas de acentuacao - nao to num teclado configurado para o portugues! =)



***

Meu coracao quebra cada vez que vejo uma pessoa que tinha tudo pra dar certo dando errado..
E fico ainda mais triste quando vejo criancas, jovens se perdendo, se desencontrando por pura falta de amor - ou por falta de uma desmonstracao adequada de amor - .


Tenho muitas coisas pra contar, experiencias por compartilhar, mas acho que preciso de um pouco mais de tempo para poder externelizar o que aconteceu dentro de mim em cada uma de minhas viagens mais recentes (India, Nepal e Tailandia)....Hoje quero falar sobre o que machucou, feriu, fez doer meu coracao no Sabado passado...
Eu estava num lugar lindo, mas LINDO mesmo! Limpo, organizado, seguro, rico e CHEIO de pessoas vazias. Vazias de significado, que existem, ao inves de viverem... Como fico quebrada ao ver criancas de 8, 9 12 anos fumando, se drogando...passando a vida fora de casa e indo pra la apenas dormir. Imagino as discussoes, as brigas, a falta de respeito para com os pais - ou seja la quem estiver em suas casas- .
Vi a solidao em cada olhar... a solidao que fere coracoes tao jovens, que destroi futuros...Vi criancas fumando, quando deveriam estar brincando...Vi criancas completamente drogadas em plena luz do dia numa pracinha linda em frente ao parque de diversoes onde centenas de pais estavam com seus pequeninos brincando...Pais que estavam tentando..E eu temi. Temi por aqueles pais. Orei por eles. Pedi que eles nao se separassem, pedi para que aquelas criancinhas fofas que os admiravam e que lhes causavam tantos sorriso nao se tornassem adolescente rebeldes, solitarios, abandonados em suas proprias realidades. Chorei ao ver uma menina de uns 10 ou 11 anos - linda!- junto de uma outra de uns 12 vomitando (atras de um dos LINDOS bancos da mesma pracinha)...forcando um vomito...Anorexia? Grupos, grupos e mais grupos de jovens adolescentes sendo destruidos por uma moda perversa, suja, ruim...sendo completamente mortos por coisas que lhes prometem a vida... Chorei e choro outra vez...Choro enquanto escrevo! Choro de dor! Queria pegar cada uma daquelas criancas e carregar no colo...Ir na casa delas e conhecer seus pais e guiar a cada um deles pelas maos...com amor, com carinho, com paciencia...Queria ter um grupo de Loucos Apaixonados pro Jesus, cheiosde Biblia e completamente envoltos por seus momentos secretos de oracao ali comigo. Ah, COMO EU QUERIA me aproximar, abrir o coracao e a mente deles e entregar Jesus...
Eu orei...e eu vi um menino de 12 anos..Luke*(nome mudado por seguranca). Eu o havia visto no comecinho de minha caminhada por aquele lugar (eu nao suportei ficar dentro do parque de diversoes fazendo nada!).. Eu fiquei olhando uns meninos fumando e conversando uns com os outros (nada de sorrisos) e ele estava sentado em outro lugar, sozinho com seu skate...Fui dar uma volta pra ver mais gente...e depois parei e fiquei observando o Luke* andando de SK8. Quando eu fiz 18 anos eu pedi um sk8 de presente pra minha familia. Ganhei, a contra gosto mas ganhei. Eu queria aprender a andar pra poder ir evangelizar o pessoal (eu era uma menina que apenas estava comecando a caminha com Jesus, entenda meu desejo sincero, por favor!). Pois ao ver aquele menino andando de sk8 eu pensei:" Foi pra hoje que aprendi a me equilibrar no sk8!". Me aproximei e tentei uma aproximacao pedindo pra tentar andar no sk8 dele...Ele, como todo britanico, foi gentil e me deixou usar o sk8...Dei umas voltas...perguntei o nome dele e a idade e bem... um "God Bless You" quando nos despedimos (ele teve que ir embora). Menino lindo, com uma pele de dar inveja a qualquer adolescente, lindo, lindo, lindo...e com um olhar triste, vazio. Voce ja viu esse tipo de olhar? Eh um olhar cheio de uma dor que sequer consegue ser explicada. Uma dor com a qual se "acostuma" e se pensa que eh "normal"! Odeio normalidades que destroem vidas! A normalidade do fumar, a normalidade do usar drogas, a normalidade do sexo fora e antes do casamento..a normaldiade dos palavroes, a normalidade da vida sem valores...a normalidade da agressividade, da mentira, da fofoca! Sabe o que mais me doi? Milhares, milhares, milhares de pessoas neste mundao, na Europa, no Reino Unido - no Brasil!- levam o titulo de cristaos, crentes, evangelicos, gospel, protestantes, "loucos por Jesus"..ou seja la o que quer q se denomine ao que se diz seguidor de Cristo hoje em dia...Era pra existir esse tipo de situacao nao gente! Era pra estarmos iluminando, salgando, dando bom gosto a a este mundo tao sofrido e perdido!
- Quantos Luke's existem perto de voce? -
Queria, como eu queria poder ter aomeu lado pessoas com o coracao cheio de vontade de fazer o Evangelho de Cristo ser conhecido! Com eu sinto falta da Stefani e da Ivette! Como las extrano mis bellas amigas! Como extrano su FE tan simple y tan fuerte! Lloro por no poder hacer un tercio de lo que yo haria si las tuviera a ustedes como ayudas fieles!
No sabado eu vi Jesus...Foi mais claro que a luz de um dia de primavera. Vi o meu Jesus nos olhos perdidos de um menino de 12 anos, andando sozinho por uma rua limpa e linda...Vi Jesus nos olhos tristes de um menino solitario em seus pensamentos, em sua dor...Vi Jesus em uma menininha linda que forcava um vomito para poder se adequar a um corpo criado por uma midia cruel e mentirosa...Vi criancas, jovens, adultos sendo levados de um lado pra o outro sem qualquer direcao a seguir. 


Eu quero fazer do Nome de Jesus Conhecido por cada lugar onde eu for...Quero que me pisar nesta terra santifique cada pedacinho de chao. Quero santificar os lugares por onde eu andar...Quero caminhar consciente da Presenca dEle e fazer dessa presenca algo palpavel entre os que estiverem comigo...Levar aos perdidos a Direcao. Ao doente a Cura. Ao necessiado a Ajuda. Ao faminto o Alimento. Ao sedento a Agua. Ao nu a Roupa. Quero falar aos conhecidos e desconhecidos, entre as necessidades, todas elas...Nao quero caminhar sozinha, quero mais, muitos mais que andem comigo...seja longe, seja perto,apenas esteja comigo, CONOSCO...Que voce nao perca o foco da Eternidade querido...Nao perca o foco da sua vida...nao se perca em tanta inutlidade, nao se perca na perda de tempo das redes sociais, das festinhas, dos jantares (que sao legais, que eu tbm curto) sem contas...Leve Jesus de forma simples...Alimente o faminto, LITERALMENTE. Compre comida e de pras pessoas, doe suas roupas, combine com aquele seu grupo de amigos com que vc sai todo domingo depois do culto uma visita a algum orfanato...junto esse pessoal com quem vc sai pra gastar o seu dinheiro em um bom filme no cinema ou num bom lanche pra tbm investirem seus dinheiros de forma regular (quem sabe vc nao reune seu grupo de amigos e juntos nao fazem uma doacao mensal para alguma missao ou no sustento de algum missionario?) pra invstir no Reino de Deus? Que tal gastar a mesma quantia que vc gasta nos seus encontros sociais em MISSOES?


Seja a pessoa que vai saber identificar a necessidade das pessoas em seus olhares...em suas respostas mentirosas que tentam esconder uma dor por tras de um "estou bem"... Va alem! Invista tempo nas pessoas, invista dinheiro, invista sua vida! Sofra junto e se alegre junto aos seus irmaos e juntos, tambem, ajudem a levar o Evangelho aos lugares menos alcancados.
Quer dicas de como fazer isso? 


mande email para: ministeriointocaveis@gmail.com ,  e eu vou ter um prazer enorme de, dentro das minhas possibilidades, te ajudar a Tocar os Intocaveis mais perto e mais longe de voce!


Hoje eu chorei...chorei de dor, chorei de tristeza, chorei a dor daqueles que estao indo pro inferno sem terem sequer a oportunidade de ouvirem a Boa Noticia de Salvacao! Chorei pelos perdidos em seu paganismo, chorei entre os perdidos em seu materialismo, chorei pelos perdidos em sua inteligencia, chorei ainda mais ao pensar naqueles que tem todas as Respostas, toda a Vida, toda a Verdade, que podem ensinar o Caminho a ser seguido e Simplesmente NAO O FAZEM...
Sabado eu chorei...
Hoje eu chorei!


Toque almas, transforme vidas!
Jheanny Terra


p.s.: o menino da foto eh o Luke* - eu tirei essa foto enquanto o observava antes de ir la pedir pra dar uma volta no sk8 dele.




quarta-feira, 21 de maio de 2014

Histórias sobre Saudades! - 1 -

- Texto escrito em 09 de Março de 2014, quando eu estava no Nepal -  





Sabe, algumas vezes penso na minha vó, em como deve, e foi, difícil pra ela ter que enterrar seu filho amado...como foi doloroso olhar aquele grande corpo e belo rosto sem vida, pentear-lhe os cabelos e envolvê-los em uma trança que se desfaria com o tempo debaixo e entre a terra. Ela ainda guarda um cacho daqueles cabelos marrons sem vida, entre seus pertenes mais preciosos, guarda ainda na lembrança a vida de um filho há 22 anos morto. Ela ainda consegue contemplar ao fechar os olhos- e posso garantir que também o faz com eles abertos- o sorriso aberto e cativante de um filho dentro de sua grande camisa de ceda colorida, sua calças jeans surrada e suas botas de couro que lhe subiam pelas batatas da perna...Ela, e talvez somente ela, ainda consegue sentir o cheiro de seu perfume, lembrar do tom de sua voz, da intensidade de seus sorrisos...
A morte tem esse dom: o dom de nos trazer de volta. Neste mundo onde sentimentos e emoções dignas de serem vividas são tão descartáveis e definidas como fraquezas, a morte traz em si o poder de nos trazer de volta à uma realidade de apreço, de cuidado, de valor...A morte nos ensina que sorrisos precisam ser "sorridos", lágrimas devem ser vertidas, perdão deve ser dado, amor compartilhado, e a dor, ah! a grande professora "Dona Dor", precisa ser sentida, vivida, sofrida...
A dor de se enterrar um filho...
Para quem perde o cônjuge se designa "viúvo (a)", para quem perde pais, órfão (ā), mas e para quem perde um filho, uma filha??? É algo tão antinatural que sequer temos um nome que consiga definir esse estado!
Muitos me perguntam como têm sido meus dias em minha "fantástica viagem missionária"...Pois, saibam que, em meio ao privilégio que estou tendo, NO SENHOR, de estar levando o Seu Evangelho, PELO SEU Poder e Misericordia à diferentes nações, eu tenho aprendido a apreciar o tempo Kairós (que é aquele tempo que não cabe no tempo Cronos), que me leva ao encontro das lembranças eternizadas em momentos e me faz apreciar ainda mais aqueles que sabem transformar sorrisos em infinitos, noites mal-dormidas (mas bem vividas) em dias eternos, e tenho aprendido a olhar para o passado que vale à pena ser contemplado, e nessa viagem transcendental que se completa com a viagem física atualizada pelas frustrações diárias (nem tudo, MESMO, são flores na vida de um Missionário, por favor acredite nisso!), eu tenho valorizado ainda mais quem já passou, está passando e (dentro do Kairós, que não cabe na realidade dos limites) ainda passará por minha vida. 
"Alguns infinitos são maiores que outros"...
Espero ouvir sorrisos sem sons, sentir perfumes sem aromas, trançar cabelos sem vida, reviver momentos eternos sempre e quando o infinito me permitir viajar, lá e cá ao encontro de suas fronteiras sem limites...Já tenho muito disso por cada lugar onde já passei nestes 29 anos e, se for da vontade de Deus, ainda virão muitos mais, para alegrar a minha alma tão sanguínea e ao mesmo tempo dilacerar o meu melancólico coração 


Hoje, estou sentindo imensas saudades da minha Avó Cica, de compartilhar minhas leituras com ela!


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Na foto, meu pai, minha vó e eu pequenininha...Na Quebrada de Jaspe, La Gran Sabana, Venezuela. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Primeiro Toque - Reabrindo a caixa das Lembranças e dos Sonhos Eternos! - PARTE 1 -



*Perdoem os erros, faltas de acentos e cedilhas. Tentem entender, nao estou num de nossos teclados! =)

Faz muito tempo que quero colocar as palavras no papel, contar sobre as experiencias no Brasil, na Venezuela, em Cuba (preciso – e vou- terminar!), no Reino Unido, na Asia (e acredito que o melhor ainda esta por vir – quem me conhece sabe que meu sonho eh o Oriente Medio!). Mas nao quero fazer isso para levar algum merito, aumentar as “curtidas”, ser “popular”. Dispenso – e com muito prazer-  tudo isso em prol de umas duzias de pessoas que queiram fazer a diferenca em seu pequeno mundo em prol do grande mundo e do Reino Eterno.  Quero ir contando as experiencias na esperanca que, de alguma forma, tudo isto possa ser usado para despertar os sonhos, desejos e planos encaixotados dentro de coracoes que um dia estiveram dispostos, que acreditaram ser possivel mas que, por algum motivo ou varios, acabaram deixando de lado as certezas que moviam seus coracoes em direcao a a vivencia da vida humana de Cristo sendo refletida em suas proprias vidas. Quem sabe juntos, toncando aqui e ali possamos deixar a terra, mesmo neste ultimo tempo, um pouco mais parecida com o Reino do qual fazemos parte.
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Nos muitos lugares que ja passei, os conhecidos por todos e aqueles conhecidoss apenas por mim, me ensinaram muito e continuam a me ensinar. Eu sempre fui uma idealista, uma sonhadora. Mas nao uma sonhadora qualquer, ou com sonhos fantasiosos, infantis ou politicos... Nao, eu sempre acreditei, MESMO, que aquilo que eu estava imaginando, sonhando, planejando era algo viavel, possivel...Eu sempre acreditei na possibilidade de se tornar impossiveis em possibilidades reais.  Isso tantas vezes foi tachado de “loucura” por aqueles ditos “normais” que por um tempo, um longo tempo, eu acabei por guardar dentro de mim os meus sonhos e coloca-los naquela caixa em que colocamos coisas que nao queremos mais usar, mas que nos e’ impossivel  jogar fora, desfazernos... Ela fica la, pegando poeira, escondida embaixo da cama, no quarto das “caixas” ou em qualquer lugar onde facilmente nos esqueceremos de sua existencia... Mas o dia sempre chega. E’ aquele dia em que inocentemente estamos a procurar por qualquer outra coisa no quartinho das caixas empoeiradas  e nos deparamos com aquela verdade, que nao e’ nova,  ainda brilhando – como se tivesse um brilho eterno- dentro de uma das caixas esquecidas e abandonadas pelo tempo, pelas convencoes, pelos medos – dos outros, nunca os meus-  e tudo volta a viver dentro de mim e, agora, com mais forccca, como se fosse impossivel  terminar a vida sem que tudo aquilo fosse concreto em minha vida. Mesmo que a idade de outrora fosse mais aceitavel  para sonhos e’ apenas nesta altura da vida que eu posso enfrentar as vozes que tentam sempre desanimar os sonhos alheios pela impossibilidade de realizar os proprios... Tem pessoas e circunstancias que sao esse tipo de voz nas nossas vida nao tem? Parece que pela falta de coragem de realizar seus proprios sonhos, de reabrir suas caixas empoeiradas, eles jogam suas proprias duvidas, temores e medos dentro de nossas vidas, sonhos e planos.  E nessa redescoberta, nesse reabrir de caixas empoeiradas eu descobro que ha muitas pessoas que sonham parecido, que vivem parecido, que querem coisas parecidas e, entao, como uma inspiracao, e’ nessas pessoas e historias que me apego. S’o Deus e algumas pessoas muito proximas sabem quantas noites virei em claro pensando, idealizando planos para colocar em pratica, pensando, procurando ideias para ajudar de forma mais concreta este mundo tao sofrido. Como alguem que tenta seguir o exemplo de Cristo , eu acredito que o comeco de tudo estaa em apresentar o jeito dEle de ver e viver a vida (dentro de doutrina teologica correta, claro. Nao posso deixar de fazer do jeito certo so em prol do fazer “mais” e mais moderno), mais que uma religiao vazia, que tenta impor sua forma de adorar e crer, eu acredito que o toque vem sempre acompanhado da Palavra. E Palavras sao sempre mais bem creditadas quando acompanhadas de acoes que as confirme.

Passo horas de meus dias, noites e, como aconteceu hoje, madrugadas, colocando as ideias no papel, idealizando a forma mais acertada de se chegar nos intocaveis da socidade, na alma das pessoas feridas, nos pacientes que verei quando voltar pra faculdade...Fico horas colocando no papel aquilo que logo vai virar praatica. Como dar comida pros mendigos, que lugares ter em maos quando os dependentes quimicos com quem falarei me disserem que aceitam a ajuda para terem o tratamento para sairem da dependencia,como juntar o dinheiro pra construir os abrigos infantis,  que horas comecar o meu dia no sabado para que eu possa ir visitar os doentes vestida de palhaco pela manha, de forma que me dee tempo de  fazer o clubinho para as criancas em algum lugar da cidade que ainda estou pensando e como vou dividir o tempo para que elas tenham o estudo Biblico, a diversao com as brincadeiras, a hora do lanche, que tipo de atividades diferentes fazer (dia do chocolate, dia do amigo, dia das cores...), como incentivar meus professores medicos a fazer um dia dedicado ao cuidado desses meus pequeninos, o que dizer aos meus pacientes quando estiver passando por eles para aprender a arte de ser medica, que horas e em que dia visitar as cadeias da cidade onde moro, por onde comecar, como comecar, e como fazer isso e ainda ter o tempo para estudar (todos os dias, alem das aulas), falar aos colegas ricos, tocar suas almas cheias de tantas coisas e com falta, muitas vezes, do toque enriquecido pelo amor de Deus. Fico imaginando de que forma ajudar mais os Medicos Sem Fronteiras (que nao sao uma organizacao cristaaaa, politica ou coisa do tipo...mas que representam tao bem o Ser Humano que eu acredito que reflete ao Deus a quem sirvo e amo), como ajudar as pessoas que estao fazendo a diferenca na vida das outras e quem sao anomimas, como dividir o dinheiro que recebo de forma que mais pessoas alem de mim se beneficiem daquilo que vem como presente para a minha vida, alem de pensar em como passar mais tempo com minha mae, minha familia em meio a tantos lugares onde quero ir, morar, tocar...Os cursos que preciso fazer para poder abrir mais portas onde quero trabalhar, o dinheiro, de onde tirar o dinheiro pra alimentar, presentear, saciar, vestir, abrigar, tocar, curar, divertir, ensinar... Isso tudo (e muito mais que passa por minha cabeca e oucccco das vozes que tentam minar meus sonhos) fica o dia inteiro em minha mente e se transforma em anotacoes e palavras quando tenho um tempinho para tal. Isso tudo poderia ser um motivo para voltar a colocar tudo na caixa e empurra-la  para dentro do quartinho escuro e desinterassado, mas nao posso e mais, NAO CONSIGO. Ao reabrir a caixa eu descobrir aquilo que nunca esteve preso: Minha Essencia! Nasci para servir ao meu Deus, por amor, me doando pelo outro. Me eh eimpossivel voltar a viver da maneira “normal” em que tentei me enquadrar, mesmo que tortamente-  j’a que querendo o nao a essencia sempre esteve presente e, mesmo nao exercendo sua forccca total, por estar encaixotada, era manifestada. Mesmo a minha “normalidade” era diferente, hehe - . 
 Todo mundo tem uma historia para contar. Todo mundo tem uma vida por tras daquilo que os olhos podem ver. Todo mundo tem uma vida inteira dentro de um corpo intocavel, de uma alma insondavel, impenetravel. Eu tenho aprendido a me apaixonar por seres humanos neste processo de toque. Um dia, Cristo, cheio de Compaixao, tocou a minha alma e hoje, eu me disponho a ser o toque dEle neste mundo, ferido, machucado e esquecido.  Talvez, numa grande proporcao, nao faccca diferenca alguma, mas eu nao busco os grandes numeros, eu busco pessoas, amigos eternos ou eternizados em historias entrecruzadas pelos toques que modificam nossas almas!

Na minha festa de aniversario de seis anos –lembro disso como se estivesse la agora, e nem preciso fechar os olhos – eu tive que ir ao salao da minha familia pegar alguma coisa ou chamar alguem por que a festa ja estava por comecar (ou ja tinha comecado, esses detalhes eu nao lembro). No meio do caminho, em frente ao que hoje eh uma das lojas dos arabes que habitam a pequena cidade onde minha familia vive, eu vi duas criancinhas sujas, mal-vestidas, andando por ali sozinhos (ja estava escuro...aquela escuridao de comecinho de noite, sabe?). Nessa cidade ha muitos indigenas,  pela proximidade das comunidades ao redor, e aqueles dois eram dois indiozinhos. Uma menininha de uns 4 ou 5 anos e um garotinho de uns 2, no maximo. Agarrados uns nas maos do outro passaram por mim... Ao ve-los de longe eu quis que eles estivessem na minha festa da Barbie e desfrutassem dos baloes, da gelatina, do bolo, dos refrigerantes, dos doces e brigadeiros...Continuei minha caminhada, mais uns passos e nao aguentei, me virei e disse no meu espanhol de 6 anos: “ Hey”, eles viraram. “Si siguen caminando van a llegar a una casa, en donde hay una fiesta, no se puede ver de aqui, pero esta cerquita. Es mi fiesta de cumpleanos. Yo debo ir a la peluqueria de mi abuela ahora pero luego regreso. Vayan a la fiesta, son mis invitados, pero si no los dejan entrar, no se preocupen, esperenme que yo los paso adentro, por que es mi fiesta. Vayan, vayan...”. E lembro de ter seguido meu caminho em direcao ao salao satisfeita (eh uma satisfacao tipica que se exprime em sorrisos e pulinhos que tenho ate hoje! Os amigos mais chegados vao entender! =) ) . Lembro que pensei: Eles estao sujos, talvez nao deixem entrar, mas a festa eh minha e eles sao meus conidados. Meus pais convidam quem eles querem para MINHA festa, eu posso convidar tambem (hehehehe, certo, certo...muita petulancia e, mais ainda, numa menina que apenas comecava por viver o seu ano 6!). Mas, mais que ousadia, eu tinha um desejo sincero de que  aquelas criancas tivessem um momento legal e divertido. Eu queria que eles comessem coisas gostosas, tomassem refrigerantes, brincassem...Em momento algum pensei em exibir minha festinha pra eles ou coisa parecida, nao, nao. Nada disso! Eu realmente nao me lembro o que segue dali pra frente, nao lembro como foi a festa, nao tenho memorias de nada alem daquelas trazidas pelas fotos... Mas, ha uns 4 anos eu estava revendo uns albuns de fotografias na casa da minha mae e me deparei com fotos dessa festa (que foi a ultima que passei com meu pai ainda vivo). Adivinha.... Havia uma foto onde aqueles dois apareciam, com as maos dadas, as roupas sujas, um maior que o outro, de costas (eu acredito fielmente que eram anjos!). Fiquei olhando aquela foto e tudo o que acabo de narrar me veio a a mente. Um sorriso de satisfacao surgiu em meu rosto. Uma satisfacao de saber que eles foram! Eles foram! Eles acharam o caminho, entraram na casa e, como qualquer outro bem-vestido convidado, eles participaram da festa com a dignidade que lhes havia sido ortogado por uma menininha de 6 anos. Pois eh, eles entraram na festinha sem que fosse preciso eu usar a minha autoridade de aniversariante (hehehe). Meus pais sao mesmo incriveis ne? =)
Dai em diante muitas coisas aconteceram. Meu pai morreu, minha vida mudou completamente e muita, muita dor e sofrimento, entre alguns sorrisos,  percorreram e enfeitaram o meu caminho por longos anos e, quando olho pra tras, eu percebo aquele brilho eterno dos sonhos que estavam encaixotados em algum lugar empoeirado de minha mente, comecando antes dessa conversa no meio da rua com aquelas duas criancas. Algo eu havia aprendido naqueles cinco primeiros anos para poder ter tido aquela atitude. Quando eu abro a caixa dos sonhos que eu comecei a realizar e tornar possiveis dentro de cada impossibilidade que surgiu, surgem e surgirao pelo caminho, eu percebi que meu primeiro toque aconteceu naquele comecinho de noite, de idade, de vida.

O sonho de estar tocando o outro lado do meu mundo comecou ali, naquele dia 7 de marco de 1991.

Jheanny Terra,
serva de Cristo, chamada para servir ao proximo



p.s.: As criancas da foto (fonte: Imagens do Google) sao apenas uma ilustracao para o meu texto. A foto original esta na America do Sul e eu estou na Asia agora, nao deu pra colocar a original. Sorry ;)



quinta-feira, 1 de maio de 2014




Eu ia retornar à minha escrita aqui no Blog contando sobre minhas experiências na Ásia nos últimos meses, mas, se me faz impossível não escrever à respeito do que acabo de vivenciar, mesmo estando tão longe do lugar onde tudo aconteceu. Enfim, segue a história.... 

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Estou absolutamente fascinada com o que Deus pode fazer através da vida de uma pessoa quando ela obedece à sua Voz. Hoje, estou particularmente orgulhosa de um rapaz que conheço que decidiu se entregar à simplicidade da obediência e pôde contemplar a Eternidade com Deus sendo inserida na vida de uma senhorinha de 90 anos. Estamos distantes por pelo menos dois oceanos, com um fuso horário que não me permite diferenciar os dias em que vivemos (eu nunca sei se estamos vivendo o mesmo dia, hehehe), mas meu coração está em absoluto maravilhado pelo que Deus fez através desse meu amigo. Ele foi passar as ferias numa cidadezinha interiorana do Brasil. Pensava ele que estava indo visitar a mãe, que mora longe...Bem, isso aconteceu, mas o que REALMENTE ele foi fazer lá foi ir apresentar Jesus à senhorinha em questão. No dia em que a conheceu o coração dele ficou apertadinho, pois ela lhe disse que tinha vontade de entender a Bíblia, tentava ler, mas as letras eram tão pequeninhas! Ah, e esse meu amigo realmente entende (e VIVE) a Bíblia! Cada vez que via a senhorinha, o coração dele se contorcia de dor por não saber a forma de começar a conversar com ela e instrui-la na Palavra...Os dias estavam passando, bem como, sua estadia no local, e ele ainda não havia falado de Jesus para aquela senhora. Restavam apenas mais dois dias e cada vez que ele tentava conversar com ela alguém aparecia para atrapalhar. Mas, enfim, ele tomou a resoluta decisão de conversar com ela custasse o custasse (inclusive mandar o lado "Lord" dele - ele é um desses caras SUPER educados, sabe?- pastar!- o que não foi preciso, hehe ). Esse dia chegou. Um dia antes de voltar para a cidade onde mora, foi à casa da mocinha de 90 anos. E foi perfeito. Ele chegou, ela estava sozinha com a moça que trabalha na casa (Evangélica) e o amigo Lord chegou. Não sei como começaram a conversar sobre o nosso Deus, nem ele mesmo sabe, mas o ponto é que ele foi explicando a historia da Redenção começando por Genesis, passando pelos Profetas, chegando ao Senhor Jesus e culminando em Apocalipse. Em todo tempo ela estava muito atenta, no fim, ela, toda fofa, mostrou pra aquele jovem, com 1/4 da idade dela, o seu caderninho de anotações. Lá ela anota o que vai lendo na Bíblia...Ela pega a Bíblia e, mesmo achando as letras pequenas e com toda a dificuldade que uma catarata em seus magníficos olhos azuis de 90 anos lhe permitem, ela reescreve em seu caderno os versos da Palavra Eterna. - Neste ponto eu choro -. Ele falou que ela podia orar e pedir para Ele perdoar os pecados dela e vir morar nela no coração dela. Ela pediu para o meu amigo anotar a oração no caderno pra ela ler. Eles oraram juntos e meu amigo fez as anotaçoes como ela havia pedido. Ela tentou ler, mas gaguejava...Meu amigo pensou que fosse por causa da letra, que ela talvez não estivesse entendendo mas ela disse que não era nada daquilo...Estava apenas emocionada! Achou lindo e agradeceu muito ao meu querido amigo. Houve Salvação naquele lugar! Houve Natal! Há uma igreja ao lado da casa dela, ela ate foi lá algumas vezes anos atrás, mas deixou de ir por que na época um senhor demonstrou interesse por ela e ela estava recem viuva e se sentiu muito constrangida. Mas, como já passou muito tempo, meu amigo a aconselhou a ir novamente, já que essa igreja fica ao lado da casa dela e facilitaria muito, por que ela usa cadeira de rodas.
Meu amigo foi dormir com a alegria que só quem vê um pecador se arrependendo e sendo recebido pela Graça de Deus pode sentir. Sabe queridos, viver O Cristo Vivo vai muito além de ler a Bíblia, ir a igreja ou fazer coisas que se supõe que você deva fazer por que você é cristão. Sem amor aos perdidos, aos que estão indo ao inferno sem se quer terem tido a oportunidade de ouvir falar sobre Cristo a gente se dá ao luxo de viver como "pensamos" ser o Evangelho, a gente se dá ao luxo de não ter ou cultivar uma intimidade com Deus através da leitura da Palavra dEle e da Oração e passamos a pensar que vivemos um "cristianismo radical" baseados nas emoções que sentimos ao escutarmos músicas "evangélicas" ou numa pregação que ouvimos num dia da semana! É lamentável o que fazemos e deixamos de fazer quando simplesmente o amor ao Deus que afirmamos que amamos não passam de palavras ditas ou cantadas ao vento. Todos os dias passamos por pessoas que estão carecendo, precisando ouvir a Boa Noticia que nós temos para elas. Algumas pessoas só poderão ser alcançadas por você! Eu estou na Tailândia, isso pode parecer muito fascinante para quem esta no Brasil, mas fascinante mesmo é poder se deixar ser usado por Deus em qualquer lugar, seja na padaria, no ônibus, numa visita à sua mãe, em outro continente, ou com o seu vizinho. Aquela velhinha esperou 90 anos para ouvir a Boa Nova da Salvação, esperou quase um século para entender, finalmente, o Sacrifício de Jesus na Cruz por ela. Eu pergunto: não haviam cristãos naquela cidade? Não há cristãos na igreja que está ao lado da casa dela? Quase CEM ANOS (e aqui meus olhos marejam novamente!) ate que alguém demonstrasse o amor de Cristo na entrega de seu tempo e paciência para ir até à casa dela e sentar, toda uma manhã, e ir explicando o que ela precisava fazer para tornar real aquele desejo que latejava no coração dela por esse Deus que ela não conhecia mas anelava conhecer! CEM ANOS até que alguém sentasse com ela e respondesse ao anseio de seu Coração!. E Deus teve que tirar ele da casa dele, da cidade dele para ir lá falar com ela. Não, ele não é missionário...Não, ele não foi lá fazer trabalho evangelístico, não, ele nem sabia como fazer para se aproximar dela e falar de Jesus, mas ele o fez...Ele fez exatamente o ele deveria fazer. Ele amou Jesus acima de qualquer coisa. Amou Jesus acima de sua timidez, amou Jesus acima do tempo que ele gostaria de ficar com sua mãe (era o ultimo dia!), acima de sua preguiça, acima de suas desculpas, acima de si mesmo. E é isso que um cristão faz! Ele BRILHA e ilumina a escuridão das pessoas, ele salga e dá um gosto novo e bom aos que vivem uma vida sem sabor. Um Cristão não precisa de um título para fazer o que é um mandamento. Cristo tem que ser tudo o tempo todo e não apenas quando se está vivendo em outro contexto, país ou cultura. Amar ao nosso Deus sobre tudo, amar ao outro como amo a mim mesma, comunicar a Boa Nova da Salvação aos perdidos, ISSO é Cristianismo
Podemos ir dormir com o coração cheio de alegria todas as noites, ou não...Podemos ser negligentes ou podemos ter a Aquela alegria que não cabe no peito, que independe das circunstancias que nos rodeiam, que só quem leva pelas mãos um pecador ao encontro de Cristo tem o privilégio de Sentir. Tenha esta certeza: é mais simples do que podemos imaginar quando ajudados pelo Santo Espírito.


Queria estar naquela cozinha ontem. Queria muito estar naquela casa contemplando tudo isso! Que bom que você foi obediente em amor ao nosso Deus e a aquela jovem senhorinha! Obrigada por me dar um motivo para chorar de alegria e gratidão ao nosso Deus hoje, por me ofertar um primeiro dia de um novo mês com essa historia que acalenta meu coração e me torna ainda mais apaixonada por Missões, por pessoas como você e pelo nosso Cristo.

Sejamos sensivéis à Voz do Espírito de Deus em nós, o tempo todo!


Glórias e Honras ao Único Digno: Jesus!

Paz!